Vida Celíaca
- Aline de Freitas Coelho Negri
- 15 de jan. de 2020
- 2 min de leitura

Atualmente muito se tem escutado sobre o termo celíaco.
Mas o que vem a ser esse termo?
Celíaco é a nomenclatura atribuída a uma doença causada pela intolerância ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e seus derivados. A doença celíaca é uma condição crônica, autoimune, que afeta o intestino delgado de adultos e crianças geneticamente predispostos.
Segundo site da dental Cremer, foi feito um estudo sobre a doença celíaca e sua relação com higiene bucal, veja abaixo a matéria completa:
"Alguns estudos que relacionam manifestações bucais com doenças gastrointestinais apontam que os defeitos no esmalte em dentes permanentes e decíduos podem ser consequência da doença celíaca; por vezes esses são os únicos sinais que apontam para essa patologia.
A hipoplasia de esmalte tem sido observada em pacientes adultos celíacos, distribuídos simétrica e cronologicamente nas quatro hemiarcadas dentárias. Estes foram denominados como defeitos no esmalte “tipo-celíaco”, com a seguinte classificação:
Grau 1: defeito na cor do esmalte;
Grau 2: discreto defeito estrutural com sulcos horizontais típicos;
Grau 3: defeitos estruturais maiores, com sulcos horizontais profundos e grandes fossas verticais;
Grau 4: defeito estrutural severo, no qual a forma do dente pode ser modificada.1
Além da hipoplasia de esmalte, de acordo com a National Foundation for Celiac Awareness, entre 4,5 e 15% das pessoas com doença celíaca também possuem a síndrome de Sjogren ou da boca seca, que também é uma doença autoimune nas glândulas salivares. Sem produção de saliva suficiente, sabemos quantos outros problemas podem ser desencadeados, como o surgimento de cáries, por exemplo.
Carvalho et al (2015) avaliaram 52 crianças com doença celíaca, comparadas a um grupo de controle de mesmo número, que apresentaram, além de defeitos no esmalte, redução do fluxo salivar e estomatite aftosa. De acordo com o National Institute of Health a estomatite aftosa, ou aftas, também afetam de 3 a 61% das pessoas com doença celíaca.
Em um estudo realizado com 128 pacientes celíacos, notou-se a associação das alterações bucais com a doença; os pacientes da pesquisa registraram dor ou ardência lingual (30% do grupo DC e 10% do grupo controle), além de lesões na mucosa oral, eritema ou ulceração, localizadas nos lábios, palato, mucosa ou língua (55% do grupo DC e 23% do grupo controle). As úlceras foram o tipo mais comum de lesão oral, apresentando-se sob a forma de púrpura, papular ou erosiva, geralmente com a margem eritematosa".
Nessas situações o envolvimento de vários profissionais a fim de zelar pela boa saúde bucal é essencial - integração multidisciplinar no tratamento e acompanhamento desses pacientes além da higiene bucal, é claro ;)
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